Rui Pedro Sousa estreou, no dia 11 deste mês, o seu primeiro filme em todos os cinemas de Portugal - “Revolução (Sem) Sangue”. Retrata a história das pessoas que perderam a vida na Revolução do 25 de Abril de 1974.
O destino é comum a cinco jovens, o fim precoce da vida. Os sonhos e as inquietações eram constantes na vida de cada um, ansiavam por uma vida livre onde pudessem dizer e fazer o que pensavam, mas a inserção do Golpe de Estado Militar pautou-lhes o caminho.
“Revolução (Sem) Sangue” não «é mais uma história sobre o 25 de Abril», afirma o aveirense Rui Pedro Sousa, realizador do filme. Trata-se de uma longa-metragem de ficção que teve na génese a necessidade de mostrar o outro lado da história, do dia que mudou Portugal.
«A ideia de realizar o filme surgiu em 2021, após fazer uma pesquisa “online” e ter encontrado o título “A Revolução dos Cravos, uma revolução que não foi assim tão branda”. Achei estranho a designação e percebi pela primeira vez que morreram pessoas no 25 de Abril de 1974, após um tiroteio da PIDE», esclareceu Rui Pedro Sousa.
Perante a incógnita do número de vítimas, tanto o realizador como Sónia Resende, produtora da longa-metragem, decidiram riscar uma das palavras do título do filme, “Sem”, assim como se fazia no período antecedente à revolução, em que rasuravam-se as denominações proibidas, com o lápis azul.